jeudi, avril 15, 2004
Coisas do Alentejo
Há uma boa dezena de anos, assisti a uma situação caricata, mas engraçada, numa terrinha pequena, ali para os lados de Portalegre, no meu Alentejo.
Estávamos no final de tarde, quente, na altura em que os velhotes se começam a sentar à porta de casa, para horas de conversa – normalmente para discutirem quem é o mais doente. Um dos velhotes tinha acabado de receber uma prenda dos filhos: o seu primeiro rádio. À volta da telefonia estavam três ou quatro homens a ouvir música. De repente, o dono do rádio desliga-o. Logo um dos companheiros de fim de tarde lhe chama a atenção: “Então? Liga lá a telefonia que eu gosto dessa moda que estava a tocar”. Ao que o outro lhe responde: “Pois também eu e a minha Maria. Volto a ligar a telefonia quando ela voltar da mercearia para a ouvir também”.
Carlos Caldeira
Estávamos no final de tarde, quente, na altura em que os velhotes se começam a sentar à porta de casa, para horas de conversa – normalmente para discutirem quem é o mais doente. Um dos velhotes tinha acabado de receber uma prenda dos filhos: o seu primeiro rádio. À volta da telefonia estavam três ou quatro homens a ouvir música. De repente, o dono do rádio desliga-o. Logo um dos companheiros de fim de tarde lhe chama a atenção: “Então? Liga lá a telefonia que eu gosto dessa moda que estava a tocar”. Ao que o outro lhe responde: “Pois também eu e a minha Maria. Volto a ligar a telefonia quando ela voltar da mercearia para a ouvir também”.
Carlos Caldeira