mardi, janvier 13, 2004
A Pedofilia na Madeira
Vivi no Funchal entre Junho de 1989 e Maio de 1990. Os “meninos das caixinhas” existiam já aos montes. Todos sabiam que muitos deles eram usados e abusados por adultos, estrangeiros e portugueses, além de serem brutalmente espancados por agentes da PSP, que os “enxotavam” dos bares da marina, onde pediam esmola.
A existência da prostituição e da pedofilia era clara como água, mesmo para quem não se confrontava directamente com essas situações. Há cerca de 13 anos que não vou ao Funchal, não sei o que lá se passa agora. Mas sei, tenho a certeza, de que naquela altura alguma coisa se passava, numa ilha linda, cheia de pobreza escondida, em que soldados rasos, madeirenses, combinavam actos de violência para poderem serem presos pela instituição militar e poderem continuar a ter refeições todos os dias, na tropa.
Eu sou democrata, liberal, de direita. Mas não me venham dizer que as denúncias agora vindas a lume são obra dos comunistas. O mal existe, na Madeira também, senhor Alberto João.
Carlos Caldeira
A existência da prostituição e da pedofilia era clara como água, mesmo para quem não se confrontava directamente com essas situações. Há cerca de 13 anos que não vou ao Funchal, não sei o que lá se passa agora. Mas sei, tenho a certeza, de que naquela altura alguma coisa se passava, numa ilha linda, cheia de pobreza escondida, em que soldados rasos, madeirenses, combinavam actos de violência para poderem serem presos pela instituição militar e poderem continuar a ter refeições todos os dias, na tropa.
Eu sou democrata, liberal, de direita. Mas não me venham dizer que as denúncias agora vindas a lume são obra dos comunistas. O mal existe, na Madeira também, senhor Alberto João.
Carlos Caldeira