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lundi, janvier 12, 2004

Anti-social 

Fechei-me em casa, já lá vão uns bons pares de meses. Deixei de ver e de me dar a ver às outras pessoas. Só assim me evito a responder a perguntas idiotas.
Sinto-me como que num pesadelo, em que grito sem que me possam ouvir.
O meu desgosto é apenas uma variação da mesma história de sempre, eu sei.
Preciso de ajuda, seja lá o que isso for.
É tarde, quero dormir e não tenho sono. Fecho os olhos, volto a abri-los. Viro-me para um e outro lado. Torno-me a levantar. Chego-me à janela, acendo um cigarro e olho em frente, sem pensar, sem olhar.
Depois de um longo período de silêncio, apenas quebrado de vez em quando, ouço ruídos para além da chuva. O que será?
Apenas dois apaixonados. Chapinham na água, encharcando fatos e vestidos de água e de desejos. Aqueles estão ainda ligados à vida. De uma maneira ou de outra.
Olhei os seus passos, os seus sorrisos, encantado com a força do amor. Estranho, singular e perturbante. Tive a sensação de estar a assistir a algo que suplanta a vida.
Acorda. É sempre a mesma cantiga.
Vá lá, sê útil. Isto está um caos, precisa de ordem.
Acho que é tempo de enterrar o passado.
“Sabes como sou, um desastre ambulante. Além disso estou ocupada”, sussurra-me a consciência.
Carlos Caldeira

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Autor: Gustavo Aleixo Weblog Commenting by HaloScan.com
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