lundi, novembre 24, 2003
Alma
"Falamos tanto da alma, essa que tanto procuramos preencher "o ferido vazio".
Tentamos mostrar quem somos perante um reflexo tão poeticamente trabalhado pela nossa vivência.
Ser para quê?
Viver eternamente no palco da vida, e representar uma cena ridícula de quem queremos ser, decorada lentamente na doce penumbra dos bastidores, floreá-la, apresenta-la para o abrir das cortinas...
Sentir os aplausos da aceitação!
O querer existir, no momento que se tornou desejo, uma imposição, quebrou a verdade não pensada.
Será que o existir terá que ser perante o olhar de outrens?
Ou a existência em si está em cada um de nós?
Creio que será essa a nossa verdade, sermos dois em um...
A luta desigual do nosso eu vezes a nossa imagem e de quem queremos mostrar ser, é eterna
enquanto quisermos impingir a nossa pessoa como um produto de qualidade, calculado para consumo.
Algo que nos distingue como único, enquanto o preconceito existir...
Na nossa era o próprio preconceito é indecifrável, não será preconceituoso demonstrar, afirmar não sermos preconceituosos??
Qual a necessidade de uma explicação dessa afirmação???
Talvez a criação do nosso eu, como pintando uma pintura e expô-la, querendo chocar ou agradar, misturando sentimentos para sentir a existência no corpo.
Afirmando a sua posição estará a contradizer o seu próprio pensamento, estará sempre presente desde o inicio do pensar, no inconsciente mas bem lá no fundo, criando uma verdade preconceituosa, onde o preconceito só aparecerá num pensamento preconceituoso, tanta complexidade num só ser, o pensamento se torna manobrado, traindo a nossa pessoa, a nossa essência natural, como que apagada por um perfume.
Uma ficção vulgar, fútil para agradarmos a nós próprios e a tudo o que nos rodeia, como uma imagem ideal reflectida num espelho, que em vez de nos mostrar a realidade simétrica, mostrará a construção do inatingível, falso reflexo de um esforço de agradar.
Uma triste verdade esta nossa sociedade, mas não desesperem, eu estou aqui apenas para ser eu, mas sempre com a esperança de agradar, hahahahahahahahaha, que contradição, hahahahaha.
Beijos
da vossa
Jaci"
Enviado pela minha amiga virtual, Jaci Pinheiro
abcd2003@tiscali.fr
Tentamos mostrar quem somos perante um reflexo tão poeticamente trabalhado pela nossa vivência.
Ser para quê?
Viver eternamente no palco da vida, e representar uma cena ridícula de quem queremos ser, decorada lentamente na doce penumbra dos bastidores, floreá-la, apresenta-la para o abrir das cortinas...
Sentir os aplausos da aceitação!
O querer existir, no momento que se tornou desejo, uma imposição, quebrou a verdade não pensada.
Será que o existir terá que ser perante o olhar de outrens?
Ou a existência em si está em cada um de nós?
Creio que será essa a nossa verdade, sermos dois em um...
A luta desigual do nosso eu vezes a nossa imagem e de quem queremos mostrar ser, é eterna
enquanto quisermos impingir a nossa pessoa como um produto de qualidade, calculado para consumo.
Algo que nos distingue como único, enquanto o preconceito existir...
Na nossa era o próprio preconceito é indecifrável, não será preconceituoso demonstrar, afirmar não sermos preconceituosos??
Qual a necessidade de uma explicação dessa afirmação???
Talvez a criação do nosso eu, como pintando uma pintura e expô-la, querendo chocar ou agradar, misturando sentimentos para sentir a existência no corpo.
Afirmando a sua posição estará a contradizer o seu próprio pensamento, estará sempre presente desde o inicio do pensar, no inconsciente mas bem lá no fundo, criando uma verdade preconceituosa, onde o preconceito só aparecerá num pensamento preconceituoso, tanta complexidade num só ser, o pensamento se torna manobrado, traindo a nossa pessoa, a nossa essência natural, como que apagada por um perfume.
Uma ficção vulgar, fútil para agradarmos a nós próprios e a tudo o que nos rodeia, como uma imagem ideal reflectida num espelho, que em vez de nos mostrar a realidade simétrica, mostrará a construção do inatingível, falso reflexo de um esforço de agradar.
Uma triste verdade esta nossa sociedade, mas não desesperem, eu estou aqui apenas para ser eu, mas sempre com a esperança de agradar, hahahahahahahahaha, que contradição, hahahahaha.
Beijos
da vossa
Jaci"
Enviado pela minha amiga virtual, Jaci Pinheiro
abcd2003@tiscali.fr