jeudi, octobre 16, 2003
A caminho de Lisboa
António entrou no comboio, sentou-se. Ali ficou, minutos fora, tão sério quanto tinha estado aquela meia hora atrás, de pé, em frente à estação. Veio a si, sobressaltado pelo chamamento do revisor.
- Boa tarde. O seu bilhete, por favor.
- Aqui está. Vou para Lisboa.
- Terá de mudar de carruagem na estação do Entroncamento. Não se esqueça.
- Obrigado.
António fez todo o resto da viagem sem dizer uma única palavra. Mas pensando-as. E muitas.
Ia para Lisboa, à procura de uma vida menos má. Trabalho de pedreiro, foi o que lhe ofereceram. E ele aceitou. Começava às oito da manhã e acabava às dez da noite. O resto do tempo passava-o no seu pequeno quarto alugado, no último andar de um prédio velho da Avenida da Liberdade.
CC
abcd2003@tiscali.fr
- Boa tarde. O seu bilhete, por favor.
- Aqui está. Vou para Lisboa.
- Terá de mudar de carruagem na estação do Entroncamento. Não se esqueça.
- Obrigado.
António fez todo o resto da viagem sem dizer uma única palavra. Mas pensando-as. E muitas.
Ia para Lisboa, à procura de uma vida menos má. Trabalho de pedreiro, foi o que lhe ofereceram. E ele aceitou. Começava às oito da manhã e acabava às dez da noite. O resto do tempo passava-o no seu pequeno quarto alugado, no último andar de um prédio velho da Avenida da Liberdade.
CC
abcd2003@tiscali.fr